sexta-feira, 20 de abril de 2012

Mito


Mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa, como a origem dos astros, da terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem e do mal, da saúde e da doença, da morte, dos instrumentos de trabalho, das raças, das guerras do poder, etc. De fato, a mitologia grega ganhou destaque sobre a mitologia de vários outros povos pela própria influência que a civilização e o pensamento grego exerceram sobre o mundo, em particular sobre o Ocidente. Para se ter uma ideia dessa influência, basta lembrar que a filosofia e a matemática, por exemplo, são "invenções" gregas. Da mesma maneira, as maiorias das palavras que dão nome às ciências têm origem grega: física, geografia, biologia, zoologia, história, etc. Também vêm do grego as palavras que designam os relacionamentos dos seres humanos entre si e em sociedade. É o caso de palavras essenciais, como ética, política e democracia. Também a mitologia teve grande influência no ocidente sobre a religião, sobre tudo na Idade Média como forma de aprisionar a população à servidão e ao medo dos monstros que estavam fora dos castelos e por isso que os senhores feudais davam proteção e cobrava alto preço por isso, muitas vezes até a vida. No filme em Nome da Rosa, mostra que a busca do conhecimento que proporcionaria a liberdade ou luz para fim escuridão e medo representava perigo é por isso todos que tentavam ler os livros eram mortos.

O MITO DO DEUS EROS, CONHECIDO COM O NOME DE CUPIDO.

Houve uma grande festa entre os deuses. Todos foram convidados, menos a deusa Penúria, sempre miserável e faminta. Quando a festa acabou, Penúria veio comeu os restos e dormiu com o Deus Poros (o astuto engenhoso). Dessa relação sexual, nasceu Eros (ou cupido), que como sua mãe, está sempre faminto, sedento e miserável, mas, como seu pai tem mil astúcias para se satisfizer e se fazer amando. Por isso, quando Eros fere alguém com sua flecha, esse alguém se apaixona e logo se sente faminto e sedento de amor (sexo), inventa astúcias para ser amado e satisfeito, ficando ora maltrapilho e semimorto, ora rico e cheio de vida. 
(Texto extraído do livro convite à filosofia de Marilena Chaui p. 23).  



3 comentários:

  1. Mito e sociedade
    Podemos destacar também que a mitologia grega era assunto principal nas aprendizagens das crianças da Grécia Antiga, como meio de orientá-las no entendimento de fenômenos naturais e em outros acontecimentos que ocorriam sem o intermédio dos homens Os gregos antigos atribuíam a cada fenômeno natural uma criatura ou um deus diferente. Certos estudiosos modernos dizem que, quando passaram a inventar meios de calcular o tempo e quando criaram mecanismos de datação como o calendário, seus mitos declinaram Os poetas atribuíam esses estados térmicos, como também as relações e as características humanas, aos deuses e a outras histórias lendárias, e elas serviram durante um bom tempo como cultos ritualísticos na sociedade da Grécia antiga

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  2. O mito só fala daquilo que realmente aconteceu do que se manifestou, sendo as suas personagens principais seres sobrenaturais, conhecidos devido aquilo que fizeram no tempo dos primordios. Os mitos revelam a sua actividade criadora e mostram a “sobrenaturalidade” ou a sacralidade das suas obras. Em suma os mitos revelam e descrevem as diversas e frequentemente dramáticas eclosões do sagrado ou sobrenatural no mundo. É está “intormição” ou eclosão do sagrado (sobrenatural), que funda, que dá origem ao mundo tal como ele é hoje. Sendo também graças à intervenção de seres sobrenaturais que o homem é o que é hoje.

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