Mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa, como a origem dos
astros, da terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água, dos
ventos, do bem e do mal, da saúde e da doença, da morte, dos instrumentos de
trabalho, das raças, das guerras do poder, etc. De fato, a mitologia
grega ganhou destaque sobre a mitologia de vários outros povos pela
própria influência que a civilização e o pensamento grego exerceram sobre o
mundo, em particular sobre o Ocidente. Para se ter uma ideia dessa influência,
basta lembrar que a filosofia e a matemática, por exemplo, são
"invenções" gregas. Da mesma maneira, as maiorias das palavras que
dão nome às ciências têm origem grega: física, geografia, biologia, zoologia,
história, etc. Também vêm do grego as palavras que designam os relacionamentos
dos seres humanos entre si e em sociedade. É o caso de palavras essenciais,
como ética, política e democracia. Também a mitologia teve grande influência no ocidente sobre a
religião, sobre tudo na Idade Média como forma de aprisionar a população à servidão e ao medo dos monstros que estavam fora dos castelos e por isso que os
senhores feudais davam proteção e cobrava alto preço por isso, muitas vezes até
a vida. No filme em Nome da Rosa, mostra que a busca do conhecimento que proporcionaria a liberdade ou luz
para fim escuridão e medo representava perigo é por isso todos que tentavam ler
os livros eram mortos.
O MITO DO DEUS EROS, CONHECIDO COM O NOME DE CUPIDO.
Houve uma grande festa entre os deuses. Todos foram convidados, menos a
deusa Penúria, sempre miserável e faminta. Quando a festa acabou, Penúria veio
comeu os restos e dormiu com o Deus Poros (o astuto engenhoso). Dessa relação
sexual, nasceu Eros (ou cupido), que como sua mãe, está sempre faminto, sedento
e miserável, mas, como seu pai tem mil astúcias para se satisfizer e se fazer
amando. Por isso, quando Eros fere alguém com sua flecha, esse alguém se
apaixona e logo se sente faminto e sedento de amor (sexo), inventa astúcias
para ser amado e satisfeito, ficando ora maltrapilho e semimorto, ora rico e
cheio de vida.
(Texto extraído do livro convite à filosofia de Marilena Chaui p. 23).
Mito e sociedade
ResponderExcluirPodemos destacar também que a mitologia grega era assunto principal nas aprendizagens das crianças da Grécia Antiga, como meio de orientá-las no entendimento de fenômenos naturais e em outros acontecimentos que ocorriam sem o intermédio dos homens Os gregos antigos atribuíam a cada fenômeno natural uma criatura ou um deus diferente. Certos estudiosos modernos dizem que, quando passaram a inventar meios de calcular o tempo e quando criaram mecanismos de datação como o calendário, seus mitos declinaram Os poetas atribuíam esses estados térmicos, como também as relações e as características humanas, aos deuses e a outras histórias lendárias, e elas serviram durante um bom tempo como cultos ritualísticos na sociedade da Grécia antiga
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ExcluirO mito só fala daquilo que realmente aconteceu do que se manifestou, sendo as suas personagens principais seres sobrenaturais, conhecidos devido aquilo que fizeram no tempo dos primordios. Os mitos revelam a sua actividade criadora e mostram a “sobrenaturalidade” ou a sacralidade das suas obras. Em suma os mitos revelam e descrevem as diversas e frequentemente dramáticas eclosões do sagrado ou sobrenatural no mundo. É está “intormição” ou eclosão do sagrado (sobrenatural), que funda, que dá origem ao mundo tal como ele é hoje. Sendo também graças à intervenção de seres sobrenaturais que o homem é o que é hoje.
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