quarta-feira, 9 de maio de 2012

Teoria da “Maiêutica” Defendida por Sócrates



         
  A Maiêutica socrática termo grego inspirado na profissão de sua mãe, que era parteira. Cujo significado é “Dar a luz (parto)”. Ou seja, ele (Sócrates) dava a luz a novas ideias. Dessa maneira, por meio de perguntas (ironia) destruía o saber construído, para então, reconstruí-lo no processo de definição do conceito. Pretendia que o seu questionamento sistemático levasse as pessoas a um ponto crucial de consciência crítica, procurando a verdade no seu interior, dando assim lugar ao “parto intelectual”.
          Este método cujo objetivo é possibilitar ao homem o conhecimento de si mesmo. Consiste em fazer perguntas e analisar as respostas de maneira sucessiva até chegar à verdade ou contradição do enunciado. Desta forma, o método faz com que as pessoas comecem a pensar a partir daquilo que não conhecem, ou seja, pela ignorância. O método socrático permite o acordo através das certezas das verdades universais obtida pela definição após a discussão, e tem como objetivo levar o sujeito a conhecer a ti mesmo, e a partir daí conhecer o mundo a sua volta a fim de encontrar o caminho para a prática do bem e da virtude para a convivência social.
          Também funciona muito bem para bebês. O processo da maiêutica pode começar, por exemplo, quando a criança de dois anos pergunta aos pais alguma coisa que já sabe: “O que é isso? – apontando para uma bola, por exemplo”. Frequentemente, crianças pequenas fazem esse tipo de questão. Basta aos pais devolver a pergunta e a criança responderá involuntariamente, constatando que sabe a resposta. Quando faz isto, não está testando os pais ou divertindo-se. Está simplesmente abordando um objeto com uma região do cérebro no qual ele não está registrado. Digamos que está encarando o objeto sob outro ponto de vista.
          Teles (1995) apud Jardim, Borges e Freitas et al (2011) afirma que o método consiste em “fazer perguntas e analisar as respostas de maneira sucessiva até chegar à verdade ou contradição do enunciado”. Assim, o método faz com que as pessoas comecem a pensar a partir daquilo que não conhecem, ou seja, pela ignorância.




Análise Sobre o Método “Pedagogizador” e a Prática Educacional Voltada para Intersubjetividade


O “Método Pedagogizador” se resume a instruir, reproduzir um tipo de conhecimento que não é relevante para as reais necessidades do aluno. A ciência a ser ensinada significa submeter os conteúdos científicos a objetivos explícitos de cunho ético, filosófico, político, que darão uma determinada direção (intencionalidade) ao trabalho com a disciplina e a formas organizadas do ensino. Nesse sentido, converter a ciência em matéria de ensino, é colocar parâmetros pedagógico-didáticos na docência da disciplina, ou seja, juntar os elementos lógico-científicos da disciplina com os político-ideológicos, éticos.
A Teoria da Ação Comunicativa concebe o espaço da escola como o lugar de exercitar a intersubjetividade entre aluno/professor/escola/família e comunidade, com o intuito de discutir os rumos da sociedade – indivíduo como sujeito e ator social, que reflete sobre os problemas da sociedade, interpreta, participam, dialoga, enfim, luta por interesses comuns.
O modelo de educação calcado na intersubjetividade (conciliação de dois mundos – o do sistema e o da vida) é o mais apto para a construção de pessoas realmente esclarecidas, criativas e autônomas.
O Método Pedagogizador, é uma postura educacional que visa atender o mercado, formando indivíduos de forma mais tecnocrática, onde o sujeito (o aluno) é tratado como um objeto a ser conhecido e treinado para atender as exigências do mercado. Dessa maneira, a educação se torna  uma ferramenta para formar seres mais preparados tecnicamente, porém, não se preocupa com a formação do cidadão consciente e preparado para se posicionar frentes aos problemas e questões da vida em comunidade, em sociedade.

 Uma educação guiada pela intersubjetividade tem em vista a valorização social, política, econômica e ética. Assim, a prática da intersubjetividade no campo da educação supera o modelo “pedagogizador” ao tornar indivíduos mais livres, autônomos, capazes de avaliar seus atos à luz dos conhecimentos, à luz das normas sociais legítimas, tendo propósitos lúcidos e sinceros, abertos à crítica.
No Brasil, os desafios são imensos, porém contornáveis mediante de políticas educacionais adequadas, cujo maior obstáculo é a escola “pedagogizadora”. Há certas transformações sociais que só ocorrerão por meio da educação construtora de sujeitos capazes e não apenas capacitados, autônomos e não apenas treinados, qualificados para a ação e não apenas para o exercício.