quarta-feira, 9 de maio de 2012

Análise Sobre o Método “Pedagogizador” e a Prática Educacional Voltada para Intersubjetividade


O “Método Pedagogizador” se resume a instruir, reproduzir um tipo de conhecimento que não é relevante para as reais necessidades do aluno. A ciência a ser ensinada significa submeter os conteúdos científicos a objetivos explícitos de cunho ético, filosófico, político, que darão uma determinada direção (intencionalidade) ao trabalho com a disciplina e a formas organizadas do ensino. Nesse sentido, converter a ciência em matéria de ensino, é colocar parâmetros pedagógico-didáticos na docência da disciplina, ou seja, juntar os elementos lógico-científicos da disciplina com os político-ideológicos, éticos.
A Teoria da Ação Comunicativa concebe o espaço da escola como o lugar de exercitar a intersubjetividade entre aluno/professor/escola/família e comunidade, com o intuito de discutir os rumos da sociedade – indivíduo como sujeito e ator social, que reflete sobre os problemas da sociedade, interpreta, participam, dialoga, enfim, luta por interesses comuns.
O modelo de educação calcado na intersubjetividade (conciliação de dois mundos – o do sistema e o da vida) é o mais apto para a construção de pessoas realmente esclarecidas, criativas e autônomas.
O Método Pedagogizador, é uma postura educacional que visa atender o mercado, formando indivíduos de forma mais tecnocrática, onde o sujeito (o aluno) é tratado como um objeto a ser conhecido e treinado para atender as exigências do mercado. Dessa maneira, a educação se torna  uma ferramenta para formar seres mais preparados tecnicamente, porém, não se preocupa com a formação do cidadão consciente e preparado para se posicionar frentes aos problemas e questões da vida em comunidade, em sociedade.

 Uma educação guiada pela intersubjetividade tem em vista a valorização social, política, econômica e ética. Assim, a prática da intersubjetividade no campo da educação supera o modelo “pedagogizador” ao tornar indivíduos mais livres, autônomos, capazes de avaliar seus atos à luz dos conhecimentos, à luz das normas sociais legítimas, tendo propósitos lúcidos e sinceros, abertos à crítica.
No Brasil, os desafios são imensos, porém contornáveis mediante de políticas educacionais adequadas, cujo maior obstáculo é a escola “pedagogizadora”. Há certas transformações sociais que só ocorrerão por meio da educação construtora de sujeitos capazes e não apenas capacitados, autônomos e não apenas treinados, qualificados para a ação e não apenas para o exercício.




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